O “Teste de Personalidade do Investidor” (TPI) é uma ferramenta de autoavaliação desenvolvida para determinar a “personalidade do investidor” por meio de perguntas com duas respostas possíveis. Inspirado no formato do teste MBTI (Myers-Briggs Type Indicator), que se baseia no modelo de tipologia de personalidade de Carl Jung, o TPI expande a tradicional “Avaliação do Perfil do Investidor” (API), que se concentra apenas em categorizar investidores em perfis de risco conservador, moderado ou arrojado, sem considerar outros fatores comportamentais e de personalidade que influenciam decisões de investimento.
O TPI analisa quatro dimensões da personalidade do investidor, cada uma com dois tipos de personalidade associados. Essas dimensões são: Perfil de Risco (Conservador/Arrojado), Processo de Decisão (Analítico/Emotivo), Envolvimento (Engajado/Minimalista) e Controle (Autônomo/Delegador). O teste determina os tipos dominantes de personalidade do investidor em cada dimensão, levando a uma compreensão abrangente da sua personalidade de investidor.
A estrutura do TPI consiste em 36 perguntas, com nove perguntas para cada dimensão. As perguntas são distribuídas de forma alternada para evitar o cansaço ou a repetitividade em uma única dimensão. Cada pergunta oferece duas opções de resposta, e a soma dessas respostas determina a personalidade dominante em cada dimensão. O conjunto dos quatro tipos dominantes forma a personalidade do investidor, com 16 combinações possíveis.
O TPI e o MBTI compartilham semelhanças estruturais, como quatro dimensões de personalidade, dicotomias identificadas por letras e um questionário de perguntas forçadas. No entanto, as dimensões de personalidade e sua interpretação são distintas entre os dois testes. O TPI se concentra em fatores relevantes para decisões de investimento, enquanto o MBTI baseia-se em conceitos psicanalíticos.
A API, obrigatória no Brasil para instituições financeiras, avalia o perfil de risco do investidor por meio de um teste com múltiplas respostas. Embora eficaz, a API tem limitações, como o foco exclusivo no perfil de risco e a ausência de fatores comportamentais e de decisão. O TPI busca complementar a API, oferecendo uma visão mais detalhada da personalidade do investidor e auxiliando na adequação de ofertas de instrumentos de investimento.
A aplicação do TPI é idealmente feita online, com os resultados fornecidos imediatamente após a conclusão. As instituições financeiras podem optar por vincular o TPI à API, sugerindo a realização do TPI após a API. Isso proporciona uma análise mais rica do investidor, identificando nuances e potenciais insights para o suitability.
O TPI é modular, permitindo alterações e substituições de perguntas em cada dimensão de personalidade sem alterar a estrutura básica. A versão atual pode ser ajustada conforme necessário, considerando as mudanças em práticas de investimento e a identificação de vieses.
Em resumo, o TPI é uma ferramenta inovadora que oferece uma visão mais ampla e detalhada da personalidade do investidor, complementando a API e contribuindo para melhores decisões de investimento. Sua estrutura flexível e modular permite atualizações contínuas para manter a relevância e eficácia na avaliação da personalidade do investidor.
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